A carta do autor da chacina do Realengo
“Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna.
Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se alimentarem, por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu peço por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido, por cumprindo o meu pedido, automaticamente estarão cumprindo a vontade dos pais que desejavam passar esse imóvel para meu nome e todos sabem disso, senão cumprirem meu pedido, automaticamente estarão desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não tem nenhuma consideração pelos nossos pais que já dormem, eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi."
Quando estamos em nosso conforto (nosso carro ou casa), não pensamos no garoto que está ali na rua pedido ajuda, mandamos “Vá trabalhar vagabundo” por que aparenta ser mais fácil a gente julgar as pessoas que “são mais fracas “ e jogarmos ela no buraco bem fundo onde ela não veja saída, ou então temos um colega tímido na sala de aula ou no trabalho e gostamos sempre de pegar no pé dele sabendo que isso está fazendo mala ele, oras, e muitos dos pais se a escola ou outros colegas reclamarem acham ruim, “coisa de criança vocês estão perseguindo o meu filho ``, é mais ai quando acontece uma tragédia daquela o único culpado é quem terminou de puxar o gatilho, deixamos de Hipócritas pois o gatilho dessa arma começou ser puxado quando começam os bully, agora volto a dizer será somente ele o culpado por isso, me entristeço quando eu vejo que o estudo nunca vai chegar ao ponto que devemos, se não tivermos amor no coração, amor ao próximo são sentimentos que não existem mais.
Aquele rapaz não tem o direito de tirar a vida de ninguém, sob hipótese, mais também não temos o direito de nos jugarmos melhore do que os outros